Dramón + Muqdisho
‘Difference and Repetition’
digital, 2023
brv#44
Composições, processamentos analógicos, tape loops, mix, master e arte por Renan Vasconcelos e Felipe Tofani
Gravado em 2020 e 2023 em São Paulo + Berlim
Lançado por Brava Edições no Inverno de 2023
‘Difference and Repetition‘ é um EP de 04 músicas que começou a tomar forma no início de 2020, quando Dramón imergiu na proposta de produzir, por um ano inteiro, uma faixa por semana.
Entre as músicas lançadas durante aquele ano, 02 foram criadas em parceria entre Dramón e Muqdisho. E ambas começaram da mesma forma: um arquivo musical sendo compartilhado do Brasil para a Alemanha. De Dramón para Muqdisho.
O processo começava de modo quase experimental, faixas sem muito propósito além de melodias interessantes. Essa primeira composição era então cortada em trechos mais curtos e gravada em tape loops para ser tocada sob uma persperctiva mais abstrata, por assim dizer, num processo de des/construção sonora de horas e mais horas, com cortes e gravações feitos de forma analógica em outras fitas cassete, gradualmente as de/compondo devido à distorção inerente ao meio utilizado.
‘There is movement in the depths’ foi a primeira a ser feita dessa forma. Alguns meses depois, ‘Difference and Repetition’. E esse foi o fim da colaboração sonora de Dramón e Muqdisho em 2020.
Seguindo com as conversas pelos anos seguintes, no início de 2023 a parceria voltou à ativa e 02 novas faixas foram propostas para fechar um EP, ‘A dance sensation in the anterior chamber’ e ‘Observations over steep water’, ambas criadas usando a mesma fórmula anterior.
O nome do disco vem do livro homônimo de Gilles Deleuze, que explora os temas de diferença pura e repetição complexa de forma filosófica.
O projeto visual foi construído de maneira similar, porém na direção oposta: de Muqdisho para Dramón. Fotos analógicas foram tiradas em Berlim e os rolos de filme enviados pelos Correios para São Paulo. Assim, sobreposições fotográficas de espaço tempo distintos foram talhadas da mesma forma que as músicas, fechando o círculo de colaborações visuais e sonoras à distância entre Dramón e Muqdisho.
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