LAVA
Série de apresentações que busca promover novas interações, sonoridades e parcerias entre mulheres que praticam música criativa, experimental e/ou de improvisação.
A cada sessão artistas que preferencialmente não tocaram juntas ainda são convidadas a improvisarem ou comporem um set.
Essas sessões ocorrem no Estúdio Mitra, onde são gravadas em eventos abertos ao público, com posterior lançamento pela Brava Edições.
a Lava é uma iniciativa da Brava, em parceria com o Estúdio Mitra.
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Estúdio Mitra é um espaço de encontros, escuta e experimentação. Reaberto em fevereiro 2025 em novo formato e endereço, o estúdio desde 2018 recebe e produz trabalhos sônicos, gravações, serviços de pós produção, ensaios e propostas plurais. Igor Souza e Henrique Berrocal são os responsáveis pela gestão e curadoria do espaço e estão também em constante interlocução com as linguagens do teatro e cinema.
Rua Dr. Augusto de Miranda 83, Pompéia /SP
⇢ localizar no mapa (8 min. a pé da estão CPTM Água Branca)
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Idealização, curadoria, produção, identidade visual: Brava
Gestão do espaço, engenharia de som, gravação, mixagem e masterização: Igor Souza e Henrique Berrocal
Recepção: Yuri Naufel
13-06-25
LAVA 0 – Julia Teles e Ana Gamboa (EC)
Julia Teles – theremin
Ana Gamboa – violoncelo
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área externa: Bloika
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+infos: https://brava.etc.br/bloika-julia-teles-e-ana-gamboa-teia-ana-gamboa/
Ana Gonzáles Gamboa
é violoncelista, compositora e improvisadora equatoriana. Seu trabalho se desenvolve entre a música contemporânea, a experimentação sonora e a performance. Em 2010 se mudou para Buenos Aires, onde se formou como musicista, forjando assim sua carreira como artista.
Através de sua prática musical procura criar paisagens sonoras que transcendam gêneros específicos, inspirando-se em suas experiências viajando pela América Latina. Este percurso a permitiu absorver e reinterpretar as vozes contemporâneas da região, ajudando-a a romper com as perspectivas eurocêntricas que muitas vezes dominam o apreço musical global.
Seu trabalho é profundamente influenciado pela improvisação livre, música experimental e ruído, ferramentas que usa para desafiar estruturas tradicionais e oferecer uma perspectiva que reflete sua identidade e ambiente. Desde 2016 trabalha em espaços autogerenciados e depende de redes locais, e seu enfoque tem sido moldado pelos desafios de acessar recursos e plataformas formais que apoiam a criação sonora não tradicional na América Latina.
anagonzalezgamboa0.wixsite.com/anagamboa
anagamboa.bandcamp.com
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Julia Teles
é compositora, editora de som e thereminista. Seus trabalhos incluem composição, improvisação, trilha sonora para filmes e teatro, e finalização de som para o cinema. Fez parte do coletivo NME que, entre 2011 e 2018, produziu diversos concertos e uma revista online (linda). Em 2020 lançou o álbum “Teia”, em parceria com Inés Terra.
11-07-25
LAVA 1 – Talita de Jesus , Maria Joana Sathler e Ämarcél
Talita de Jesus – trompete
Maria Joana Sathler – violino
Ämarcél – voz, pedal
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área externa: Kombi
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+infos: https://brava.etc.br/joao-kombi-talita-de-jesus-maria-joana-sathler-e-amarcel-no-mitra/
Talita de Jesus (Santo André)
é artista experimental multidisciplinar, integrante dos duos Canção de matar e Sujeitas.
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Ämarcél (Rio de Janeiro)
Marcela Mara é escritora e improvisadora contínua de corpo-som. Autora no projeto de música expandida KARTAS. Ämarcél é seu projeto solo, um corpo que dilata e expele a voz em improviso. Corpo, palavras, camadas sonoras e impulsos oníricos para o sentimento-memória.
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Maria Joana Sathler (Santo André)
é artista visual e musicista, circula por grupos de improvisação livre e bandas de música extrema, explorando sempre os ruídos e intensidades dos fluxos mágicos incognoscíveis do existir. Participa do grupo Orquestra de Música Normal, do trio Velório Clandestino e colabora com apresentações em eventos do coletivo Vidraça.
26-09-25
LAVA 0 – Rayra Pereira da Costa e Lea Arafah
Lea Arafah – rabecão elétrico
Rayra Pereira da Costa – no input, pedais, toca-fitas
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área externa: Philip Somervell
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+infos: LAVA 2: Rayra Pereira da Costa e Lea Arafah / Philip Somervell no Mitra – Brava
Rayra Pereira da Costa
é professora e artista, pesquisa circuitos eletrônicos e no-input. Atua em projetos musicais, na criação de trilhas sonoras para dança, performances, e desenvolve trabalhos que dialogam com diferentes formas de expressão artística.
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Lea Arafah
é contrabaixista, compositora e artista transdisciplinar.
No instante do gesto desdobram-se arranjos e sínteses, imprevistos se entrelaçam em reimprovisos.
Com uma abordagem ora minimalista, ora visceral, sua obra transita entre improvisação livre, ambient music, texturas glitch e lírica modal. Lea busca um ruído poético que dialoga com o público, com o espaço e com a memória – entre deslocamentos e descontinuidades do tempo, o contrabaixo torna-se voz diaspórica em suas técnicas expandidas e ostinatos.
Ao longo de sua trajetória, tem colaborado com artistas como Ritamaria, Pinkalsky, Natt Maat, Bernardo Pacheco, Sandra Coutinho, Luiz Viola, Jovem Palerosi, Visen, Ad Hoc Orquestra, Roda de Código, entre outres.
08-10-25
LAVA 3 – Natasha Xavier, Juliana R. e Inés Terra
Inés Terra – voz
Juliana R. – voz, synth
Natasha Xavier – objetos
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área externa: Juliano Gentile e Tilen Kravos
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+infos: LAVA 3: Natasha Xavier, Juliana R. e Inés Terra / Juliano Gentile e Tilen Kravos no Mitra – Brava
Natasha Xavier parte da escuta, do ordinário ao arquitetônico, do gesto sutil ao ruído, para revelar em vídeos, performances e peças sonoras paisagens de memória e presença. Com uma abordagem sensorial e, por vezes, acústica, seus trabalhos fazem do ordinário ação-ritual: um copo vira instrumento, um objeto qualquer se torna partitura tátil, o corpo dialoga com a ressonância das paredes. O espaço vira experiência, o tempo, matéria, e o ruído, linguagem, convidando a uma escuta expandida em um desejo de ressignificar o som e as coisas.
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Juliana R. é artista sonora e musicista. Seu trabalho investiga as formas de escutar, falar e cantar em relação direta com o corpo, o ambiente e o outro. Sua prática envolve performance ao vivo, peças sonoras, experimentação radiofônica e ações colaborativas, explorando a improvisação como ferramenta criativa e sensível. Atua entre práticas experimentais e processos relacionais, com foco em formas de escuta expandidas, narrativas invisíveis e materialidades sonoras.
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Inés Terra é artista da voz com experiência em música latino-americana, jazz, música improvisada e processos de criação em dança e performance. Gosta de improvisar com os pássaros que visitam sua casa e com instrumentos de invenção que reúnem materiais distantes. Pensa a voz como uma força que tem a potência de expandir a imaginação e de reunir memórias e escutas.
01-11-25
LAVA 4 – Paola Ribeiro e Mayra Menezes
Paola Ribeiro – voz, berimbau
Mayara Menezes – sintetizador, água
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área externa: Maxi Mas
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+infos: https://brava.etc.br/lava-4-mayara-menezes-e-paola-ribeiro-maxi-mas-no-mitra/
Mayara Menezes (RE)
Artista sonora e musicista de Recife /PE, com formação em Áudio e Acústica e graduanda em Música, Mayara produz com instrumentos percussivos e sintetizadores em seu projeto solo fffluxus.
Através da construção de uma música eletroacústica mista, seu trabalho se move a partir do atravessamento de sensações, explorando harmonias, frequências-senóide, texturas e silêncios. Flui entre momentos de relaxamento e tensão, explorando camadas abaixo da superfície.
Em 2020 lançou seu primeiro EP, ‘Práticas Subterrâneas’, que marca uma característica de sua composição: a capacidade de relacionar texturas e sensações imagéticas. Em 2024 lançou seu primeiro álbum, ‘Não é nada que se diga com um nome’, pela Brava Edições.
brava.etc.br/fffluxus
brava.etc.br/fffluxus-nao-e-nada-que-se-diga-com-um-nome
fffluxus.bandcamp.com
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Paola Ribeiro
é artista, cantora, pesquisadora e educadora. Atualmente se dedica a pensar a relação voz corpo, principalmente através do som/ vocalidade, por meio de procedimentos como limitação de sentidos, repetição, sobreposição, improvisação, entre outros. Essa investigação ganha contorno através de performances, vídeos, músicas e objetos.
11-12-25
LAVA 5 – Jeanne Callegari e Natália Francischini
Natália Francischini – guitarra, pedais de efeito
Jeanne Callegari – voz, máquina de pesadelo
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área externa: André Damião
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+infos: https://brava.etc.br/lava-5-jeanne-callegari-e-natalia-francischini-andre-damiao-no-mitra/
Natália Francischini
é multiartista, atuando na música, nas artes visuais e como técnica de som e produtora musical. Há mais de dez anos pesquisa a guitarra experimental no campo da livre improvisação e as possíveis relações entre corpo, guitarra e objetos do cotidiano. Apresenta grande parte destas pesquisas no projeto solo Teratosphonia. É também guitarrista do duo de música instrumental/progressiva Parole e do projeto de música instrumental brasileira Pélago. É uma das articuladoras do selo Música Insólita. Participou de importantes festivais no Brasil e no exterior, como OVERDRIVE (Chile, 2024), RUÍDO (Argentina, 2023), Festival Cidade (2022), Improfest – Festival Internacional de Música Experimental e Artes Sonoras (2021), Festival Novas Frequências (2020), Sesc Jazz (2019), Festival CHIII de Música Criativa (2021; 2019), entre outros.
teratosphonia.bandcamp.com
brava.etc.br/escafandro-3
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Jeanne Callegari
é poeta, artista sonora e produtora cultural. Publicou os livros de poemas ‘Amor eterno 2’, (Garupa e Pitomba!, 2019) ‘Botões’ (Corsário-Satã, 2018) e ‘Miolos frescos’ (Patuá, 2015). Em suas performances ao vivo, trabalha com os cruzamentos entre palavra, voz, ruídos e paisagens sonoras.